Dentro - fora a relação entre arte contemporânea e espaço
Tencionando o espaço na arte contemporânea
Dentro | Fora
VITÓRIA, ES 2010
RENATA RIBEIRO DOS SANTOS
Dentro | Fora Tencionando o espaço na arte contemporânea
Projeto de Graduação apresentado ao Departamento de Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, comorequisito para obtenção do título de Licenciada em Artes Visuais. Orientação: Prof. Dr. Lincoln G. Dias.
VITÓRIA, ES. 2009
FOLHA DE APROVAÇÃO RENATA RIEIRO DOS SANTOS TRABALHO DE GRADUAÇÃO APROVADO EM ____/____/______
ATA DE AVALIAÇÃO DA BANCA ________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________ _________________________________________________________ AVALIAÇÃO DA BANCA EXAMINADORA ______
Nota
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Data
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Nota Nota
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Data Data
Prof. Dr. Lincoln G. DiasTutor Profa. Dr. Rita Bredarioli Prof. Dr. Júlio Tigre
APROVADO COM NOTA FINAL ________
“Visitar um museu é questão de ir de vazio a vazio.” Robert Smithson
SUMÁRIO
Introdução 11 Sobre as instituições 19 Sobre o objeto artístico e espaço: as relações 22 Espaço + arte contemporânea: tentativas de adequação 31 Espaço versus arte contemporânea: tensão dentro|fora 35 Espaço & artecontemporânea: Considerações finais 62 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 64 REFERÊNCIAS ICONOGRÁFICAS 68
INTRODUÇÃO
Pai e filho visitam a Documenta de Kassel de 1982. O filho, ao ver algumas das obras expostas, indaga sobre seu sentido e o porquê destas fazerem parte do conjunto Arte. O pai tenta explicar que a configuração da produção feita em nossa época pressupõe alguns conceitos que não eramaplicados às obras no passado e, que agora, elas só podem ser compreendidas em sua totalidade quando estes são de conhecimento do espectador. Idéias como “interatividade com o público”, “construção de sentidos na troca autor-espectador” e “comprometimento do outro”, são fundamentais no entendimento de trabalhos como o de Joseph Beuys, um dos que o filho coloca em questão. Os acontecimentos posterioresconfundem ainda mais o seu entendimento: ao se aproximar de uma mesa de vidro, obra de Mario Merz, um segurança solta a fatídica frase “Não toque! Isso é Arte!”. Pouco depois, cansado de tanta arte, tenta sentar-se sobre os sólidos cubos de madeira de Carl Andre e descobre que Arte não está aí para ser sentada. A partir deste relato de Andreas Huyssen, presente em o “Guía del postmodernismo”1,este texto começou a se configurar há alguns anos. Assim como contradição entre as explicações e a postura do segurança causam perturbação no menino, as relações destoantes mantidas entre a produção de arte contemporânea e as instituições, começaram a me intrigar.
1. HUYSSEN, Andreas. Guía del postmodernismo. In: Opción, núm. 8 (1993), p. 208-248
11
Tinha principal interesse na relaçãoconflituosa entre a produção de arte contemporânea e a forma da inserção e apresentação da Arte em espaços institucionais de galerias, museus, centros culturais e meio urbano. Importante determinar os sentidos dos termos Arte e arte, que já foram usados e continuarão presentes, desta forma, em todo o texto. O termo Arte, se refere a um conceito instituído, normatizado, onde as relações não se...
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